Nesta celebração do segundo Domingo de Páscoa, refletimos na Liturgia sobre a Divina Misericórdia (Atos 5,12-16; Salmos 117(118); Apocalipse 1,9-13.17-19; João 20,19-31). No momento da Paixão, do alto da cruz, através do Seu peito aberto, Jesus nos deixou os Sacramentos da Eucaristia e do Batismo. Agora, ao aparecer ressuscitado, fala sobre o perdão de todos os pecados, instituindo o Sacramento da Confissão.
Contemplando este quadro de Jesus Misericordioso (Figura 01), somos conduzidos então à realidade de estarmos imersos no oceano da misericórdia de Deus. O raio vermelho representa o sangue sendo jorrado, a Eucaristia. O raio claro representa a água, o Batismo e a Confissão. A vida do cristão se dá na participação dos Sacramentos.
Em 1931, Jesus pediu a Santa Maria Faustina Kowalska que providenciasse a pintura e a divulgação desta visão e a instituição da Festa da Divina Misericórdia. No ano 2000, o Sumo Pontífice São João Paulo II, durante a cerimônia de canonização da Santa, “a fim de infundir profundamente na alma dos fiéis estes preceitos e ensinamentos da fé cristã”, instituiu então “que o segundo Domingo de Páscoa fosse dedicado a recordar com especial devoção estes dons da graça”, sendo enriquecido com Indulgência Plenária. 2
Como uma janela que se abre para Deus, a arte sacra tem essa missão de complementar a Palavra com a imagem e o exercício do ser humano em sua produção é igualmente relevante, ao reduzir vícios e cultivar virtudes. Por isso levamos como regra a consciência de trabalhar na presença de Deus, a oração constante, a atitude de perdão dos inimigos e igualmente o pedido à Deus do perdão das nossas falhas.
“Jesus, eu confio em Vós.”
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