"Ainda neste dia senti a oração de uma bela alma que por mim rezava, concedendo-me, em espírito, sua bênção sacerdotal; retribuí com uma fervorosa oração" (Diário de Santa Maria Faustina Kowalska, n.1455) 2
De fato, a oração dos fiéis na igreja militante e triunfante abarca o mundo todo. Conheça abaixo alguns detalhes interessantes da história da Festa da Divina Misericórdia e da Imagem de Jesus Misericordioso.
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Em 22 de fevereiro de 1931, na sua cela do convento, a Irmã Faustina teve uma visão com Jesus, ressuscitado, vestido com uma túnica branca e dois grandes raios saindo do peito: um vermelho e outro, pálido. Daí em diante, sucedeu-se em inúmeras aparições e locuções interiores, Jesus pedindo a ela que fosse pintada uma imagem como nesta visão, além da instituição da Festa da Misericórdia, a recitação do Terço e a Novena da Misericórdia Divina e a Hora da Misericórdia.
"Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa imagem, [...] seja abençoada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa" (D.49). "Neste dia, I...] derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia" (D. 699), concedendo a elas a indulgência plenária, ou seja, o"... perdão total das faltas e dos castigos" (D. 300).
Sobre o processo de pintura da imagem, Jesus foi revelando em oração, aos poucos os detalhes, conforme Santa Faustina ia orientando o pintor Eugeniusz Kazimirowski.
O Pe. Sopocko, fundador da obra, participou ativamente na pintura do quadro, vestindo, a pedido de Kazimirowski, uma alva para que o artista pudesse recriar com precisão as indicações dadas pela Irmã Faustina sobre a figura de Jesus e o arranjo das Suas vestes. "Isto facilitou ao pintor, depois de seis meses de trabalho, pintar o quadro, com o qual a Irmã Faustina em geral se contentava e não reclamava mais das suas incorreções. A pintura mostra Cristo a caminhar sobre um fundo escuro, com uma túnica branca, cingido com um cinto.Com a mão direita erguida à altura dos ombros está a abençoar e, com a mão esquerda, / com dois dedos / abre ligeiramente a túnica nas proximidades do Coração / invisivel / de onde saem raios, / um pálido do lado direito de quem vê e do lado esquerdo um vermelho, em diferentes direções, mas principalmente em direção a quem vê. A Irmã Faustina disse para não levantar a mão direita acima do ombro, para não se curvar, apenas para avançar a perna esquerda para a frente, para marcar o movimento, de modo que o manto ficasse longo e levemente dobrado na parte inferior, que o olhar de Jesus fosse ligeiramente para baixo, como acontece quando se olha para um ponto a poucos passos do chão, que a expressão do rosto de Jesus seria bondosa e misericordiosa, que os dedos da mão direita ficassem esticados e juntos uns dos outros livremente, e que na mão esquerda o dedo grande e o indicador mantenham o manto entreaberto, para que os raios não sejam como fitas penduradas no chão, mas que com riscas intermitentes sejam direcionados para quem vê e levemente para os lados, colorindo um pouco as mãos e os objetos ao redor, de modo que os raios fossem transparentes para que o cinto e o manto pudessem ser vistos através deles, de modo que a saturação dos raios com vermelho e branco, fossem as mais altas na fonte/perto do coração, e depois diminuíssem lentamente e se diluíssem..." (Excertos da carta do Pe. Miguel Sopocko de 24 de novembro de 1958) 3, p.104
A Festa da Divina Misericórdia foi instituída no calendário litúrgico da Igreja pelo Santo Padre, o Papa João Paulo II no ano 2000, no segundo domingo da Páscoa. A liturgia deste domingo traz o Evangelho de São João (Jo 20, 19-31), com a aparição de Jesus ressuscitado entre os discípulos reunidos e São Tomé confirmando sensivelmente suas chagas e proclamando a humanidade e divindade de Jesus.
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Referências bibliográficas:
1. CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS DE JESUS MISERICORDIOSO. Imagem poligráfica disponibilizada para reprodução para fins de evangelização.
2. KOWALSKA, Santa Ir. Maria Faustina. Diário: A misericórdia divina na minha alma. Curitiba: Editora Apostolado da Divina Misericórdia, 2020.
3. GRZEGORCYYK, Urszula. Jesus, eu confio em Vós. Amor e misericórdia: A história desconhecida da imagem de Jesus Misericordioso. Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso, 2019.